Como ajudar a pessoa com diabetes a identificar e prevenir hipoglicemias

Saiba como o FreeStyle Libre e os relatórios do LibreView facilitam a monitorização da glicose e ajudam a evitar as quedas de açúcar no sangue.

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Até o presente momento, o diabetes é uma doença crônica sem cura, mas isso não significa que pessoas diagnosticadas com essa condição tenham que viver sem qualidade. Com o tratamento adequado, é possível controlar a glicose, evitar complicações e ter qualidade de vida. Ou seja, diabetes não tem cura, mas tem controle.

Nesse sentido, é fundamental que o paciente conheça cada vez mais seu organismo, sua condição e seu tratamento, para que possa ficar o maior tempo possível dentro da meta glicêmica, expressão utilizada desde que o Tempo no Alvo (TIR, sigla do inglês Time In Range) foi adotado como uma das medidas globalmente aceitas para avaliar o controle do diabetes, assim como a hemoglobina glicada.

Informação e educação em diabetes são indispensáveis para manter a saúde em dia. Assim entender o que é uma hipoglicemia, conhecer suas causas e fatores de risco, por exemplo, é crucial para prevenir essa complicação, que é um dos maiores problemas de quem usa insulina.

Como identificar hipoglicemia

Caracteriza-se hipoglicemia quando a taxa de glicose no sangue cai para níveis inferiores a 70 mg/dL, o que pode levar a quadros agudos, como perda de consciência, convulsões e até mesmo à óbito.

Em estágios menos graves, os sintomas da hipoglicemia mais comuns são:

• Tremores,
• Sudorese (suor excessivo);
• Aumento exacerbado do apetite;
• Confusão mental;
• Visão embaçada;
• Taquicardia (coração acelerado);
• Cansaço fora do comum e sem motivo;
• Sonolência; Irritabilidade ou alterações no humor sem causa aparente.

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Por isso, é interessante que o paciente conheça os sinais de alerta que o seu corpo emite em caso de uma hipoglicemia e comunique familiares e pessoas com quem trabalha ou se relaciona no dia a dia para que estejam atentas e saibam agir nessas situações.

Há ainda pessoas que não apresentem sintomas quando a taxa de glicose no sangue diminui. Esta situação é chamada de hipoglicemia assintomática e requer ainda mais atenção e monitoramento frequente da glicose.

Como tratar a hipoglicemia

Independentemente do nível ou tipo de sintoma, é crucial tratar a hipoglicemia antes que ela evolua. E mais: é importante evitar que ela se repita. Assim, o primeiro passo é confirmar a hipoglicemia fazendo o teste de glicemia capilar (ponta de dedo) ou o com um sensor de monitoramento contínuo da glicose.

Uma vez identificada, a hipoglicemia deve ser corrigida imediatamente. Se a pessoa estiver consciente, o recomendado é consumir algum alimento ou bebida que contenha 15 gramas de carboidrato simples, isto é, de rápida absorção. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)¹, essa medida equivale a um dos itens abaixo:

• uma colher (sopa) de açúcar, que pode ser diluída em água;
• uma colher (sopa) ou 3 sachês de mel (não é permitido para crianças menores de um ano);
• 150 ml de refrigerante comum (não dietético); 150 ml de suco de laranja integral;
• 3 a 4 balas mastigáveis.

 Após ingerir alguma das fontes de 15 g de carboidratos de rápida absorção, deve-se aguardar 15 minutos para verificar novamente a glicose. Se ela continuar baixa, é preciso repetir a medida de intervenção. Após a normalização dos níveis de glicose, é indicado fazer um lanche ou uma refeição para prevenir outra crise de hipoglicemia².

Como prevenir a hipoglicemia

Para prevenir a hipoglicemia é essencial conhecer suas causas. O principal fator de risco para a queda da taxa de glicose no sangue é o uso de insulina em doses extras ou inadequadas ao consumo alimentar. Por isso:

• Ao administrar a insulina, a atenção deve ser plena para evitar erros tanto na quantidade do hormônio quanto no modo de aplicação;
• Alimentar-se antes da prática de exercícios físicos também é importante para a prevenção de quadros hipoglicêmicos. Dependendo do tipo de atividade física, pode ser necessário mudar o local da aplicação de insulina, pois algumas regiões do corpo, quando exercitadas, absorvem a insulina mais rapidamente;
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas é outro cuidado fundamental, principalmente em jejum;
• Somadas a todos esses cuidados, há uma atitude que não pode faltar: a monitorização da glicose.

Mas como monitorar a glicose?

Existem duas formas principais de fazer o automonitoramento da glicose: a primeira delas é conhecida popularmente como ponta de dedo ou teste de glicemia capilar. Este teste é feito com uso de um glicosímetro e uma lanceta para captar uma gota de sangue da ponta do dedo do paciente. Com uma tira reagente, a amostra de sangue é inserida no glicosímetro, que fornecerá o valor da glicose apenas daquele momento.

A pessoa com diabetes deve sempre ter as agulhas, fitas e seu aparelho medidor de glicose consigo, para poder fazer as picadas no dedo que envolvem o monitoramento, além de ser necessário que o paciente mantenha registro de seus controles glicêmicos por escrito ou na memória do glicosímetro.

No entanto, mesmo medindo a glicose seis vezes ao dia com o glicosímetro, existe o risco de não identificar períodos de elevação ou diminuição da glicose. Além disso, se a gota de sangue não for na quantidade adequada ou o dedo estiver sujo no momento do teste, podem ocorrer alterações no resultado.

A segunda maneira seria utilizando um sistema de monitoramento contínuo de glicose, que não depende das picadas na ponta do dedo³ e pode ser feito diversas vezes ao dia sem precisar de agulhas, tiras ou lancetas. Sendo baseado em um sensor de glicose e um leitor ou aplicativo.

Tecnologia no monitoramento da glicose

O FreeStyle Libre é um exemplo de sistema de monitoramento contínuo de glicose, composto por um pequeno sensor⁴, aplicado na parte posterior do braço, que mede a glicose através do líquido intersticial e que realiza leituras de 1 em 1 minuto, por até 14 dias.

Com uso da tecnologia, é possível prever uma hipoglicemia e agir para evitar que ela de fato acontece. Essa é uma das vantagens de se usar sensores FreeStyle Libre. Esse sensor permite que os pacientes monitorem seus níveis de glicose de maneira contínua, sem precisar fazer picadas nos dedos várias vezes ao dia³.

É como ter uma visão panorâmica das oscilações dos seus níveis de glicose e do tempo dentro do alvo³. Além disso, familiares, cuidadores e amigos podem acompanhar à distância as leituras de glicose usando o aplicativo LibreLinkUp, enquanto o médico e outros profissionais de saúde podem ter acesso a todos os dados pela plataforma LibreView, que oferece análises e relatórios completos que ajudam no tratamento do diabetes e tomadas de decisão. Para mais informações sobre o monitoramento do seu diabetes, acesse https://www.freestyle.abbott/br-pt/home.html.

Relatórios importantes fornecidos pelo FreeStyle Libre

A cada escaneamento, o leitor mostra um gráfico com o passado, o presente e o futuro da glicose. O passado é apresentado por meio do histórico das últimas 8 horas. O presente é a glicose no momento da leitura . O futuro é mostrado por meio de uma seta que indica a tendência da glicose.

Usando o sensor de glicose, a pessoa pode saber em tempo real a tendência do nível de glicose, ou seja, em qual direção e com qual velocidade a glicose seguirá nas próximas horas se nenhum comportamento for alterado. Se a previsão for de quebra, a pessoa pode tomar atitudes sábias e preventivas para mudar o prognóstico.

Além de fornecer informações precisas e indicar tendências sobre a glicose, o sistema FreeStyle Libre, através da plataforma LibreView oferece também um relatório chamado GPI (Perspectivas do Padrão de Glicose), que mostra como os níveis de glicose de um paciente variaram ao longo do dia e quais os períodos de maior risco de hipoglicemia.

Com esses dados em mãos, o médico pode ajustar a dose de insulina e/ou os horários da medicação, por exemplo. Adaptações no plano alimentar e na prática de atividade física podem ser necessárias para um melhor controle nos níveis de glicose e manutenção da qualidade de vida.

Outro relatório muito útil gerado na plataforma LibreView com os dados extraídos do sensor de glicose é o AGP (Pefil Glicêmico Ambulatorial), que é parecido com o GPI, mas traz uma parte com os Perfis de Glicose Diário, para analisar os dias em que ficaram faltando dados do sensor e os dias em que o paciente apresentou mais hipoglicemias e/ou hiperglicemias..

Clique aqui para assistir o Dr. Márcio Krakauer comentando sobre todos os relatórios disponíveis no LibreView.

Com o auxílio da tecnologia, portanto, as pessoas com diabetes podem ter mais controle sobre a sua condição, evitar as temidas hipoglicemias e viver uma rotina mais leve. Cabe aos profissionais de saúde orientá-las sobre o uso adequado desses dispositivos e como interpretar os dados que são gerados por eles, de forma a garantir um tratamento eficaz e personalizado.

Referências

1. Campos, L. F. Hipoglicemia: qual a melhor forma de corrigir? Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). [acesso em janeiro de 2024]. Disponível em https://diabetes.org.br/hipoglicemia–qual–a–melhor–forma–de–corrigir/

2. Canal do YouTube do FreeStyle Libre Brasil. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=XxjEYoJwHoc

3. O teste de ponta de dedo é necessário se as leituras de glicose não coincidirem com os sintomas ou expectativas.

4. Data on file, Abbott Diabetes Care, Inc.

ADC-87863. V1.0. Fev/24.