O que é cetoacidose diabética, como tratar e prevenir essa complicação do diabetes

A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda grave que ocorre em decorrência do diabetes mellitus descontrolado. Entenda os sintomas, tratamento e como evitá-la.

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A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda do diabetes, constitui uma emergência metabólica caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica e cetonemia, frequentemente associada à deficiência absoluta ou relativa de insulina1. Ela ocorre quando o corpo, por falta de insulina, não consegue utilizar a glicose e passa a queimar gordura como fonte de energia, produzindo cetonas em excesso, substâncias ácidas que, em altas concentrações desequilibram o pH sanguíneo, que se não tratado pode levar ao coma, ou até mesmo, à morte3.

Embora a CAD seja predominantemente associada ao diabetes tipo 1, essa condição também pode se manifestar em pacientes com diabetes tipo 2, especialmente em cenários de manejo inadequado da doença ou em resposta a eventos estressores agudos, como casos de infecção, uso inadequado da insulina ou falhas no dispositivo de infusão, como cateter dobrado ou entupido3.   Por isso, é fundamental conhecer as causas e os sintomas.

Sinais e Sintomas da CAD que merecem atenção

Náuseas e vômitos, dor abdominal difusa, poliúria e polidipsia, perda de peso, desidratação, fraqueza, fadiga, taquicardia, taquipneia e letargia. Quando os níveis de glicose e de cetonas estão muito altos, a pessoa corre o risco de entrar em coma e até morrer, se não receber atendimento adequado. Ao notar esses sintomas, o atendimento médico deve ser imediato1.

Tratamento da cetoacidose1

O tratamento da CAD envolve uma abordagem sistemática que inclui hidratação intravenosa, administração de insulina para normalizar os níveis de glicose e inibir a produção de corpos cetônicos, além da correção dos distúrbios eletrolíticos, especialmente do potássio, bicarbonato e sódio.

O monitoramento contínuo da glicose, eletrólitos e parâmetros ácido-base é essencial para guiar as decisões clínicas e prevenir complicações. A identificação e o tratamento das causas como infecções ou falhas no uso de insulina, também são fundamentais para o sucesso terapêutico e a prevenção de recorrências.

A boa notícia: é possível prevenir!

Com monitoramento frequente da glicose e aplicação correta da insulina, a CAD pode ser evitada3. O uso do sistema FreeStyle Libre tem se mostrado eficaz nesse processo, permitindo checagens frequentes da glicose com mais conforto e segurança2.

O estudo RELIEF 2, publicado em 2022, avaliou o impacto do uso do sistema de monitoramento contínuo de glicose FreeStyle Libre em mais de 70 mil pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2. Os principais achados foram a redução significativa nas hospitalizações por cetoacidose diabética entre os usuários do sistema FreeStyle Libre e efeito positivo, sustentado por até dois anos, após o início do uso do dispositivo. O estudo reforça ainda a importância do monitoramento contínuo da glicose como ferramenta para prevenção de eventos agudos graves, como a CAD.

O papel do teste de cetonas 

Monitorar os níveis de cetonas também é uma estratégia importante para prevenir a cetoacidose diabética. Esse controle pode ser feito por meio de testes na urina ou sangue. Uma das opções mais práticas é o uso de medidores de glicose que também realizam a medição de corpos cetônicos, como o leitor FreeStyle Libre 2. Além de monitorar a glicose com o sensor, ele permite a verificação dos níveis de cetonas no sangue por meio das tiras FreeStyle Optium Cetona.  Se o resultado da cetonemia for ≥ 1,5 mmol/L é aconselhável procurar um profissional de saúde 4.

Outras recomendações importantes incluem manter uma boa hidratação, adotar uma alimentação equilibrada e evitar o uso de medicamentos, como corticoides, sem orientação médica3.

Referências     

1. SANTOMAURO, A. T. et al. Diagnóstico e tratamento da cetoacidose diabética. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2023. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-tratamento-da-cetoacidose-diabetica/. Acesso em: 30 jun. 2025.

2. RIVELINE, J.-P. et al. Reduced Rate of Acute Diabetes Events with Flash Glucose Monitoring Is Sustained for 2 Years After Initiation: Extended Outcomes from the RELIEF Study. Diabetes Technology & Therapeutics, New Rochelle, v. 24, n. 9, p. 611–618, 2022. Disponível em: https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/dia.2022.0172. Acesso em: 30 jun. 2025.

3. SOARES, A. H. Cetoacidose diabética – Uma grave emergência médica. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2023. Disponível em: https://diabetes.org.br/cetoacidose-diabetica-uma-grave-emergencia-medica/. Acesso em: 30 jun. 2025.

4. Como devo fazer o teste de cetonas? FreeStyle Libre. Disponível em: https://www.freestyle.abbott/pt-pt/descobrir/blog/como-devo-fazer-o-teste-de-cetonas.html. Acesso em: 30 jun. 2025.

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